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26 de julho de 2012

SWOT, analisando antes de comprar

Esse post é para aqueles, que como eu, são ou pretendem se tornar investidores de longo prazo. No intuito de construir um bom patrimônio, decidi me tornar um investidor Buy and Hold (comprar e manter, em bom português). Como sou iniciante, resolvi estudar um pouco algumas das maneiras de entender melhor o negócio das empresas nas quais pretendo ter participação societária. Descobri que um investidor de longo prazo deve se preocupar mais em entender o businnes do que o mercado de capitais.

Existem diversas maneiras de saber se uma empresa é elegivel para compra utilizando as bases ensinadas por Benjamin Graham e seguidas por Warren Buffet e outros disípulos, como por exemplo, saber se a empresa é sólida, bem gerida, possui bons fundamentos e seu preço está inferior ao seu valor. Mas vamos deixar isso para depois porque agora vamos tratar do assunto do título, a análise SWOT:

Strengths (Forças)
Weaknesses (Fraquezas)
Opportunities (Oportunidades)
Threats (Ameaças)



A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para planejamento estratégico e gestão de empresas, onde são feitos levantamentos das forças e fraquezas partindo do ponto de vista do ambiente interno, além de oportunidades e ameaças do ambiente externo, como mostra a imagem abaixo:



Com essa análise, você pode fazer uma projeção estimada do futuro de uma empresa e isso pode ajudá-lo a decidir se vale a pena investir no papel. Infelizmente, a análise SWOT apenas não forma toda a base com informações necessárias para você tomar suas decisões de compra de B&H. Mas vejo muita gente comprando ações sem nenhum fundamento específico, às vezes porque o colega de trabalho comprou, ou porque viu num blog de fulano, ou porque ouviu falar que empresas do setor de energia elétrica é resultado garantido, ou porque acha que todo mundo é obrigado a ter VALE5 e PETR4, ou porque o consultor da corretora falou que é o caminho certo, entre outras fontes. Confesso que muitas vezes penso em compor minha carteira com base em sugestões de alguns blogueiros que acompanho que estão evoluindo bem seus patrimônios com suas carteiras, mas prefiro fazer eu mesmo minhas análises pra não depender de ninguém.

A análise SWOT é uma ferramenta, e como toda ferramenta, quem sabe utilizá-la se sai melhor. Descobri este recurso com o José Kobori, no livro "Análise Fundamentalista", inclusive já o recomendei aqui no blog. No livro, Kobori faz uma análise SWOT muito bacana da empresa Marcopolo (POMO4).

A maior vantagem desta análise é realizar a previsão de vendas conforme as condições de mercado e as capacidades da empresa. Esta análise se divide em:

Ambiente interno (Forças e Fraquezas) 

Aqui são levantados os principais aspectos que distinguem a empresa de seus concorrentes diretos. As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam geralmente a fatores internos. 

Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças)

As oportunidades estão ligadas às perspectivas de evolução do mercado na qual a empresa atua, onde há um potencial de vantagem competitiva, ou seja, são os cenários nos quais a empresa pode tirar proveito para crescer.

As ameaças estão geralmente ligadas a concorrentes diretos, desastres naturais, aumento de taxas e impostos, leis regulatórias, enfim, a tudo aquilo que ameaça a vantagem competitiva da empresa.


De acordo com VALUE BASED MANAGEMENT (2007), Forças e Fraquezas (Strenghts e Weakness, S e W) são fatores internos de criação (ou destruição) de valor, como: ativos, habilidades ou recursos que uma companhia tem à sua disposição, em relação aos seus competidores.

Já as Oportunidades e Ameaças (Opportunities e Threats, O e T) são fatores externos de criação (ou destruição) de valor, os quais a empresa não pode controlar, mas que emergem ou da dinâmica competitiva do mercado em questão, ou de fatores demográficos, econômicos, políticos, tecnológicos, sociais ou legais.

Para investimento em ações, a análise SWOT pode ajudar a identificar os pontos acima citados de uma empresa de modo que você pode iniciar seus estudos mais aprofundados ou simplesmente descartar a empresa por ela possuir mais ameaças e fraquezas do que forças e oportunidades. Depois disso, existe o estudo do negócio, da gestão, das finanças e do valor, mas isso é assunto pra outro momento,...

Voltando à análise SWOT, peguei aqui de cabeça rapidamente um exemplo de OT: a BHP tem uma vantagem competitiva sobre a VALE porque o mercado que mais consome minério de ferro no mundo hoje é a China, com um crescimento médio superior a 9% nos últimos anos e a BHP tem minas de extração mais próximas da China do que a VALE, o que faz com que os gastos de transporte sejam menores para a BHP e isso faz com que o preço da commodity seja inferior. É uma oportunidade para a BHP e uma ameaça para a VALE.

Seria ideal ilustrar aqui com uma análise real mais completa, mas fica para outro post, pois ainda não tive tempo de fazer a minha primeira análise. Mas postarei aqui a análise da POMO4 feita pelo Kobori só para você entender melhor como funciona o estudo.

E você, já fez alguma análise SWOT para se guiar? Vamos estudando e aprimorando e até a próxima!


Referências externas:

http://www.administracaoegestao.com.br/planejamento-estrategico/analise-swot/

http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT
http://en.wikipedia.org/wiki/SWOT_analysis

18 de julho de 2012

Aportar ou viver? Que tal os dois?

Eu estava navegando pelos blogueiros investidores e sempre dou muita risada com o blog do pobretão, deixando claro que as risadas não são totalmente pejorativas, pois acho alguns posts do cara até interessantes e o que ele escreveu sobre a alternativa de parar de investir para começar a viver me chamou atenção, então decidi aproveitar o 'gancho' pra falar sobre a minha opinião a respeito.

O Passado e o Presente


Vivo há alguns bons anos gastando tudo que ganho, mesmo vivendo com os meus pais e sem contas altas a pagar. Meu salário não é ruim, mas mesmo assim nunca consegui guardar nada (na verdade eu já cheguei a ter algumas somas razoáveis, porém sempre curti a vida com elas).





O Futuro

Já contei um pouco sobre minha vida e meus planos aqui, mas o tópico do post do pobretão é recorrente em minha cabeça mesmo antes de começar a investir o meu primeiro real. Muitas vezes tenho vontade de trocar de carro, comprar uma puta moto, entrar em um financiamento eterno de apartamento ou casa, viajar para a Europa, EUA, China, etc. Muitas vezes penso em pegar empréstimos bancários para iniciar meu negócio de risco (como todo e qualquer negócio).

Mas e o amanhã? 
E o futuro?
Devo esquecer do presente?

A questão é que tudo na vida deve ter um equilíbrio, senão a coisa desanda. Minha idéia era aportar boa parte do meu salário, mas antes mesmo de começar a investir, entendi que não é uma boa saída, pois não dá pra pensar somente no futuro em detrimento de um presente de qualidade de vida inferior. Enquanto somos jovens a vida nos dá inúmeras tentações e não dá pra resistir a todas elas e acredito que nem devemos fazê-lo. Minha idéia é reduzir a proporção do meu salário para aportes, mantendo a meta dos milhões, mas sem abrir mão de algumas regalias que o dinheiro pode proporcionar no presente.